Escoramentos Metálicos

Escoramentos Metálicos

Escoramentos metálicos são equipamentos responsáveis por sustentar cargas e transportá-las ao solo temporariamente, sendo muito empregados na construção civil para apoiar lajes durante a concretagem e o período de cura da estrutura. O sistema é composto por escoras pontuais, torres e vigas. Individualmente, cada escora pode suportar até nove toneladas. Dispostas em conjunto, elas formam torres de escoramento que suportam cargas maiores.

Os equipamentos também podem ser reutilizados na mesma obra para execução de outros pavimentos, principalmente quando se trata de pavimento-tipo. Na JL, podem ser tanto comprados quanto locados.

Os tipos de escoramentos metálicos utilizados em cada pavimento poderão variar de acordo com o peso e a altura das estruturas. “O projeto do sistema leva em conta o peso próprio do concreto e as sobrecargas atuantes”, aponta Yago Lizardo, fundador da JL.

Dessa forma, a quantidade de escoras deve ser calculada de acordo com as condições das estruturas que serão concretadas. Equipamentos com altura ajustável garantem mais flexibilidade para o reúso, pois podem compensar diferenças de altura.

Os escoramentos metálicos estão diretamente relacionados à segurança e produtividade da obra. Por isso, a organização adequada do rodízio – uso e reúso das peças em cada pavimento – pode impactar diretamente na velocidade da construção. É necessário, ainda, verificar as condições do material com rigor e organizá-los no canteiro para evitar problemas de montagem e acidentes.

 

Cuidados com escoramentos metálicos

NA ENTREGA
Embora seja uma tarefa de praxe, a verificação dos produtos no momento de sua entrega é o primeiro passo para analisar se eles estão de acordo com o que foi previsto. “Deve-se averiguar a integridade das peças, limpeza e se a especificação está em conformidade com o projeto”, indica Lizardo. Informações de propriedades técnicas podem ser verificadas na identificação impressa do produto ou gravadas na peça.

As especificações são definidas pelo projetista ou pelo próprio fornecedor do escoramento metálico na fase de projeto da obra — para este último, é necessário exigir a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Para materiais locados, recomenda-se observar o estado dos metais quanto a trincas e corrosões, à lubrificação de roscas e de outros acessórios, à presença de resíduos de concreto nas peças, de qualquer tipo de empena ou deformação nas escoras.

Qualquer um desses itens pode tornar o escoramento irregular para o uso.

NA ARMAZENAGEM
Após as devidas verificações, o material deve ser armazenado em um local próximo de onde será utilizado. Em obras com logística mais complexa, como canteiros de grande extensão ou com muitos desníveis, recomenda-se a armazenagem dos escoramentos sobre paletes, permitindo melhores condições de transporte com o uso de empilhadeiras e outros equipamentos.

Em muitos casos, o próprio fornecedor envia o material em estruturas específicas para armazenagem. A organização deve separar os itens por categoria, como tubos, quadros, encaixes e outros. Peças menores precisam ficar armazenadas em recipientes, como caixas ou sacos, prevenindo perdas durante a construção. Quando a obra está parada, é recomendado abrigar os escoramentos em um local fechado com acesso controlado, garantindo mais segurança contra furtos.

Equipamentos armazenados no canteiro de obras de um cliente JL

USO E REÚSO
As escoras devem ser posicionadas conforme prevê a planta de escoramento ou cimbramento. O projeto é acompanhado pelo mestre ou engenheiro da obra. “Além disso, o próprio fornecedor normalmente envia um fiscal próprio para orientar e avaliar a montagem”, acrescenta Lizardo.

O ideal é que os escoramentos fiquem espaçados, minimizando a obstrução de acessos e permitindo melhor fluxo dos operários no local.
Um erro comum que deve ser evitado é quanto ao apoio das primeiras escoras. “Elas não podem ficar diretamente sobre o solo não pavimentado”, alerta o diretor técnico. Nesse caso, o apoio deve ser feito nas vigas de fundação da obra ou em pedaços de madeira que evitem o contato direto do metal da escora com o solo sem resistência.

Embora exista um documento que guie a correta montagem dos escoramentos, improvisos acabam sendo necessários. De acordo com o diretor técnico, podem surgir incertezas no canteiro quanto à capacidade de uma escora em suportar determinada estrutura. “Nesse caso, os cálculos podem ser feitos na hora para avaliar as condições e viabilizar qualquer alteração no projeto”, revela.

No momento da desforma, os escoramentos devem ser retirados com cuidado para que não haja empenamento. Nessa fase, novamente, as escoras e seus componentes precisam ser armazenados de forma organizada, separados categoricamente e nos seus devidos recipientes para evitar perda de peças, ou obstrução dos caminhos no canteiro. Após o uso, é recomendado lavar as peças para eliminar restos de concreto, assim como engraxar roscas para fins preventivos.

Amparo legal
A norma ABNT NBR 15696, de 2009, regula a atividade e fixa os procedimentos e condições para a execução das estruturas provisórias.